Jovens, Violência Urbana e Violência de Gênero
A vida das três Marias em clínicas de internações em cidades brasileiras, foi alvo de pesquisa, pela Universidade Católica de Pernambuco, entre os anos de 2013 e 2014. Histórias marcadas pela violência física, psicológica, moral e sexual demostram as desigualdades de condições e oportunidades dadas à estas adolescentes.
"As pesquisadoras concluíram que as garotas são tratadas com preconceito. De garotos, entende-se a raiva. Nas garotas, critica-se a histeria. As famílias as visitam menos e os parceiros as abandonam. O Estado deveria educar e reintegrá-las, mas não tem como avaliar o próprio trabalho, pela ausência de dados. "Sobre as garotas, não havia nenhuma informação compilada. O sistema é todo pensado na lógica masculina", diz Marília Montenegro de Mello, coordenadora da pesquisa."A hierarquia de gênero mantém o lugar de cada pessoa na vida social/econômica, e está presente em diversos setores da sociedade, como uma prática "naturalizada" onde se diferenciam as condições dada aos homens e às mulheres. Isto é, não só uma opinião do senso comum, mas também legitimada diariamente nas instituições e espaços públicos do país. As práticas culturais constroem socialmente seres humanos a partir do sexo biológico e, consequentemente é atribuída a identidade de gênero de acordo com a anatomia, como se esta relação entre anatomia e identidade de gênero fosse processo "natural" de todo o indivíduo, o que reforçam os papéis de gênero e seus respectivos lugares na sociedade.
Fonte: http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/05/vida-e-os-problemas-das-meninas-infratoras.html
Sugestão de atividade
Filme: Preciosa, uma história de esperança
O filme retrata o drama social da jovem Claireece Precious Jones. Desde já pode-se afirmar que o filme “Preciosa” não é uma obra de ficção qualquer e sim um retrato que pode vir a aplicar-se como roteiro real em diversos lares, nos quais crianças e adolescente são, constantemente, colocadas em situações de extrema desqualificação e marginalizadas, além de frequentemente expostas à violência sexual, física e psicológica. Cultura Urbana: Rock, Skate e Grafite Feminino, na Baixada Fluminense
Durante a programação que incluiu debates, shows e performances esportivas no Teatro Raul Cortez e na Biblioteca Municipal Governador Leonel Brizola, na Praça do Pacificador, no centro de Duque de Caxias, homens e mulheres ocuparam os espaços com diferentes manifestações culturais.
O festival tem como objetivo discutir a discriminação por gênero ao afirmar os direitos das mulheres através do universo da música e da cultura urbana.
Apesar das mudanças sociais que vêm ocorrendo, a discriminação de gênero ainda é uma prática atual na vida de milhares de brasileir@s. A violência ocorre de forma sútil, ou não, por meio de agressões física, sexual, psicológica e moral, que amedronta e submete não só mulheres, mas crianças e jovens nos ambientes domésticos e públicos, inclusive no espaço escolar. O Festival Roque Pense! expôs em praça pública os avanços e conquistas das mulheres na direção da equidade de gênero, mas é preciso enfatizar que a hierarquia de gênero é estrutural, ou seja, a manifestação de poder masculino é pertinente e legitimada pela mídia ao naturalizar as expressões violentas de homens sobre mulheres, ou sobre homens que não se identificam com a identidade de gênero masculina. A praça e biblioteca, sendo um espaço de debate e construção social empondera e valoriza o protagonismo feminino no espaço público, que historicamente eram ocupados pela figura masculina e criam diálogos entre mulheres para falar sobre temas como autonomia e independência.
Fonte: http://baixadafacil.com.br/cultura/festival-de-roque-feminino-agita-duque-de-caxias-3183.html
Sugestão de atividade
Filme: Billy Elliot
O cenário é a Inglaterra de 1984, período em que surgem as políticas conhecidas como "neoliberais" - que implicam, entre outras questões, a retirada de direitos d@s trabalhadores. Neste período, ocorreu uma greve de mineradores que mobilizou muitos e foi reprimida pela polícia, entre os trabalhadores mobilizados estão o pai e o irmão de Billy Elliot. Um adolescente de 11 anos que vai à escola, tem amigos, escuta os discos do irmão, cuida da avó e pratica boxe-mas não é lá muito bom nisso. Após acompanhar uma das aulas de balé que as garotas faziam na sala ao lado do ginásio de boxe, ele se interessa em aprender a dançar e passa a frequentar as aulas-a despeito da ideia de que balé é "coisa de menina".
O filme possibilita questionamentos como: Por que um rapaz não pode praticar balé? Por que balé é "coisa de menina"? Por que a masculinidade e a feminilidade são medidas a partir do que as pessoas gostam ou não de fazer?
Achei bacana as sugestões, mas ficou faltando articular mais com as ideias centrais e os conceitos trabalhados nos textos. Você pode mais!
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