"Direitos Sexuais também são Direitos Humanos"
Neste sentido, a escola sendo o lugar d@s diferentes, precisa desempenhar a tarefa de formação e valorização da identidade e as relações que as mesmas proporcionam, em um espaço que desenvolva a consciência crítica d@s alun@s à respeito da orientação sexual de cada um/a.
Portanto, é necessário ressaltar a importância de a escola promover cursos de educação continuada para professor@s e funcionári@s da educação que disponibilizem materiais pedagógicos para lidar com a sexualidade e orientação sexual, nas escolas.
Guacira Lopes Louro¹, em relação à escola:
"suas proposições, suas imposições e proibições fazem sentido, têm 'efeitos de verdade', constituem parte significativa das histórias pessoais"
1. LOURO, Guacira Lopes. Pedagogias da sexualidade. In: LOURO, Guacira Lopes (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 1999, p.21.
Sugestões de atividades
Jogo de tabuleiro: E aí?
Autor: Marco Aurélio Máximo Prado
Este jogo possibilita questionamentos a partir de práticas, posturas, princípios e valores presentes no ambiente escolar que reproduzem hierarquias sexuais, naturalizando a norma heterossexual.
Sexualidade na escola, sim!
A sexualidade e suas manifestações sempre existiram, mas tratar sobre o assunto para sociedade ainda é um tabu, fundamentalmente na escola. Esta é uma questão que a partir dos Parâmetros Curriculares Nacional deveria estar no Projeto Político Pedagógico das escolas, ainda que como um tema transversal, mas o que consta em pesquisas recentes, depois destes vinte anos de legislação, é que os temas sobre sexualidade e orientação sexual aparecem no currículo, apenas com uma abordagem higienista e preventiva.
Através disso, surgem os questionamentos: O que contempla a sexualidade? Desejos, corpos e suas manifestações afetivas e sexuais não entram em questão?
Ao presenciar um debate sobre "Psicologia, Gênero e Orientação Sexual" na Universidade Federal do Rio de Janeiro pude perceber o quanto o fundamentalismo religioso reflete nas práticas sociais e afeta diretamente estes sujeitos, ao ponto de determinarem homossexualidade como caso clínico, psicológico, ou seja, algo que precisa ser curado. Quando pronunciamos o termo 'fobia' estamos legitimando a concepção de que relações não normativas é doença e precisa ser tratada. Com isso, pude constatar que se estes casos continuarem a ser de cunho psicológico, estaríamos cada vez mais convidando nossas crianças e jovens a se retirarem do ambiente escolar, pois estaríamos culpabilizando a própria vítima do preconceito. Preconceito sim, e este um problema social. Visto que, as pessoas não sofrem por serem gays, lésbicas, transsexuais, -logo, este não é problema pessoal- sofrem por uma sociedade preconceituosa -fator social.
Não seria estranho dizer que um Estado laico retirou das escolas o "Kit contra Homofobia"? O moralismo ainda soa alto por parte de uma sociedade conservadora, que incessantemente preza pela moral e os bons costumes. Como estamos lidando com isso na escola? Nossas práticas estão baseadas na legislação, ou nossos costumes e crenças nos impede de ir além?
A ideia é problematizar estas questões e buscar alternativas outras para lidar com questões sobre sexualidade, orientação sexual, corpos e desejos no espaço escolar.
Sugestão de atividade
Livro: Teenencontrei: onde a gurizada se encontra
Autores: Raquel Pereira Quadrado (Org.)
Este material é destinado para estudantes dos últimos anos do primeiro segmento, do Ensino Fundamental (4° e 5° ano).
Possibilita debates em torno de temas como família, baladas, paqueras, corpos e desejos.
Muito bom! Nesse tema senti que você conseguiu relacionar melhor conceitos e ideias fundamentais, com propostas pedagógicas e instrumenotos interessanes para se trabalhar pedagogicamente na sala de aula. Bacana!
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